Como foi o 5°Encontro da Rede de Museologia do Estado do Rio de Janeiro

terça-feira, julho 02, 2024


Olá! ✨ ️
No penúltimo sábado do mês de junho, mais precisamente no dia 22, tivemos o 5° encontro da Rede de Museologia Social do Estado do Rio de Janeiro, sediado em São João de Meriti, cidade - tema da vida e memória de João Cândido, de Almirante Negro a herói do povo, pai, (bis)avô, Museu...






Nascido no Rio Grande do Sul, pelos anos de 1980, filho de escravos que aos 14 anos entraria para a Marinha de Guerra em Porto Alegre, vindo após, a mudar-se para o Rio de Janeiro, por onde viveu no município de São João de Meriti até a sua morte em 1969.

De "Revolta da Chibata" em 1910, pela luta por qualidade, direitos e igualdade de vida, João Cândido defendendo condições humanas justas e sem as chibatadas herdadas da Marinha Portuguesa, como forma de punição e retaliação a marinheiros rebeldes. De hospital, a prisão, saindo apenas com a roupa do corpo, acolhido por Maria Dolores que veio a ser sua primeira mulher e mãe das suas quatro filhos primogênitas, do suicídio da companheira, a (re)volta das suas atividades políticas e de seu sustento financeiro como pescador, auxiliar de descarga de peixes na praça XV do Rio de Janeiro, Ana, sua nova mulher, tendo mais filhos e cuidando dos demais, passando os últimos anos de vida do Almirante Negro, recebendo uma espécie de pensão da prefeitura de sua cidade natal, em Rio Pardo.

Pós a morte, toda a família desolada pela perda, não recebe(u) nenhum apoio ou suporte financeiro que auxilie ou aja como reparação a não só pelo que o "líder" de uma grande e coletiva revolta sofreram, pelos que ainda sofrem até os dias de hoje em suas lutas diárias por condições dignas de (sobre) vida.

O Projeto de Lei 4046/2021 que propõe a inclusão e reconhecimento de João Cândido Felisberto no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria, está sendo (a)guardado em nossa memória.

De memórias (re)lembradas pelo filho vivo, Adalberto Cândido, mais reconhecido como Candinho, discorre a memória de seu pai pela luta, resistência e reconhecimento heroico nacional.
Sejam elas pelo intitulados "Mural Negro", pintura localizada na rua Turmalina, no Lote 18, de viveu suas últimas 4 décadas, do seu nome a escolas de níveis municipais e estaduais de dentro e fora do município de São João de Meriti para o Rio de Janeiro, a Casa de Memória, Centro Cultural e até Museu, que dirá estátua...
Atualmente, o atual acervo encontra-se numa sede provisória localizado no Centro Cultural Meritiense, composto além de objetos que acercam a memória e vida social, como uma exposição itinerante de João Cândido, de curadoria e contribuição voluntária de estudantes como Dilma Samuel, Luís Henrique Porto e Valeria Correa, ambos, do curso de Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO.



Agradecemos pelo nosso encontro escalado e rodeado de (re)apresentações de pessoas e os Museus Sociais que compõem a Rede, a acolhida da @aammjc a Associação dos Amigos do Museu Marinheiro João Cândido: representada pela figura de "mãe" Zilmar, das apresentações culturais como teatro e Jongo, pelos Filhos de Benedito: da Casa de Caridade São Benedito em Éden, da Superintendente de Museus dos Estado do Rio de Janeiro: Lucienne Figueiredo, do Conselho Municipal de Igualdade Racial(COMIRA): Riva Maria Nepomuceno, do Superintendente Municipal de Igualdade Racial: Frei Tatá, do Diretor da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural(SCDC)/Ministério da Cultura(MinC) de Culturas Populares e Tradicionais: Tião Soares, da Coordenadora da SCDC/MinC: Sandra Cipriano, e do Escritório Estadual representado pelo coordenador: Edu Nascimento.
                   

                            









                                     


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